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Neste meu primeiro livro, que foi escrito muito rapidamente, eu descrevo a estranheza de um jovem (dezoito anos) recém entrado na área da construção civil, como servente de pedreiro. Mais de um entendido em literatura poderá afirmar que o livro nãopassa de lamentações de um membro das classes baixas, visto que o livro descreve (e discorre sobre) as situações amargurantes enfrentadas pelos operários de obras, mormente aqueles sem qualificação. Contudo, visto que na literatura brasileira operários quase não aparecem como protagonistas de suas próprias histórias, e como 0 autor é um membro da classe, o livro é um retrato, que merece ser conhecido, das labutas e das dificuldades diuturnas dos peões. Uma outra ressalva precisa ser feita: o palavreado empregado pelo autor não foge do código linguístico usado pelas “classes sociais inferiores”. São gírias e palavrões, sendo os textos carregados de temas comumente considerados neste meio social, tudo perpassado por um arremedo de solidariedade, que é uma característica da classe. O livro termina com uma tênue luz no fim do túnel.

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